Porquê o Algarve?
A beleza transcendente do Algarve oferece muito mais do que mar e praias deslumbrantes. Um interior campestre e rural, repleto de serras verdejantes e colinas majestosas escondem paisagens de cortar a respiração que o(a) farão apaixonar-se pela região.
É no meio destas maravilhas naturais que 2000 vinhas e quase 30 produtores de vinho prosperam num ambiente com pouca chuva (o Algarve tem mais de 300 dias de sol por ano) e solo fértil. Conjugando a excelente oferta de vinho com o turismo existente numa das regiões da Europa mais visitadas todos os anos, surgiu o enoturismo – o sector de actividade turística baseado na apreciação do sabor e aroma de vinhos de uma região juntamente com a imersão nas tradições e culturas da mesma. Este artigo visa precisamente propor uma rota de vinhos na qual possa provar os melhores vinhos algarvios e ao mesmo tempo usufruir das praias, caminhadas, passeios de BTT, campos de golfe ou observação da natureza que fazem parte do leque de actividades que podem ser encontradas no Algarve.
Quais as quintas e adegas a visitar no Algarve?
Quinta dos Vales
A lindíssima Quinta dos Vales está situada na zona do barlavento algarvio. Com uma adega premiada, um jardim paisagístico decorado com esculturas de arte, um terraço panorâmico, e oferecendo acomodações completas com terraços e uma grande piscina ao ar livre, esta quinta reúne no mesmo local as maravilhas da natureza algarvia e uma qualidade superior de vinhos. Na quinta são plantadas 15 castas diferentes o que resulta numa ampla gama premiada de tintos, brancos e rosés, que terá a ocasião de provar ao participar na degustação de vinhos da Quinta dos Vales. No local poderá ainda experimentar actividades como caminhadas, natação e ciclismo.
Quinta do Francês
A Quinta do Francês pertence a um médico francês apaixonado por Portugal, que viu nas colinas da Serra de Monchique o espaço com que sempre sonhara para dar início à produção dos seus vinhos. Com a ajuda da mulher plantou os oito hectares de vinhas e, em 2006, a colheita deu origem às primeiras 5 mil garrafas. Actualmente a quinta conta com visitas frequentes de turistas que procuram conhecer as adegas e fazer a prova de três vinhos, acompanhada por petiscos tradicionais, por apenas 7,5€ por pessoa.
Adega do Cantor
A Adega do Cantor, assim denominada devido a estar associada ao músico Cliff Richards, reúne as uvas de três quintas – a do Moinho, a do Miradouro e a do Vale do Sobreiro – para produzir dois tipos de vinhos: o Vida Nova e o Onda Nova. Desde 2001 são feitas quase 100 mil garrafas por ano. Visite a adega cheia de barricas para a prova de vinhos e passeie pelas magníficas plantações de uvas para se deixar contagiar pela boa-disposição do local.
Monte da Casteleja
Depois de uma passagem pelo Douro, onde esteve responsável pela organização e trabalho da equipa técnica dos Vinhos do Porto S.A., pela Montez Champallimaud Lda e pela Quinta do Tedo, Guillaume Leroux decide plantar 3 hectares de vinhas, no Algarve, para dar início à sua própria produção de vinho. Contando com visitas guiadas e provas de vinho com o produtor todas as quartas e sextas-feiras a partir das 15h, as visitas constituem a oportunidade perfeita para ficar a conhecer mais sobre o projecto do Monte da Casteleja. Existe ainda a possibilidade de se fazer apenas a prova de vinhos, realizadas às terças e quintas-feiras entre as 15h e as 17h, por 10€ por pessoa. Na quinta Monte da Casteleja realiza-se também agroturismo, pelo que poderá ficar hospedado(a) neste encantador local, onde a calma e ausência de televisão proporcionam a comunhão com a natureza.
Quinta da Tôr
Recuperada em 2011, a Quinta da Tôr, situada na pequena e encantadora Aldeia da Tôr tem como missão alargar o reconhecimento da qualidade dos produtos algarvios e em particular do vinho regional do Algarve. Para tal, a quinta conta com 7 castas de uvas plantadas ao longo de 47 hectares, perfazendo uma produção anual de 100 mil garrafas. Aproveite para fazer uma visita guiada à Quinta da Tôr, onde poderá aprender mais sobre os processos de produção de vinho e provar os vários vinhos Quinta da Tôr tais como o Syrah, Touriga Nacional, Aragonez, Rosé, Cabernet Sauvignon, Algibre ou Branco.
Quinta de Mata-Mouros
No século XII, após a conquista de Silves, foi construído no local da quinta o Convento de Nossa Senhora do Paraíso, o qual perdurou até ao século XIX, e de que ainda hoje se preserva a estrutura principal. Foi precisamente neste local de lendas e mitos, situado na margem esquerda do Rio Arade, nas proximidades da mítica Xelb (Silves), que se escolheu dar início ao projecto “Convento do Paraíso” com o intuito de tirar partido das únicas e extraordinárias condições da zona para a produção de vinho. Os 12 hectares de castas são seguidos de perto por equipas de viticultura e enologia experientes e dedicadas, o que depois se traduz nos vinhos de qualidade superior: Euphoria Tinto, Euphoria Rosé, Euphoria Branco, Convento do Paraíso Tinto e Imprevisto Tinto. Terá ocasião de saborear estes vinhos numa prova de vinhos na Quinta de Mata-Mouros.
Quinta do Morgado da Torre
É na Quinta do Morgado da Torre, em Portimão, que são produzidos os soberbos vinhos Alvor. A adega, existente desde 1999, foi a primeira a produzir vinhos de quinta no Algarve com denominação de origem controlada. A vinha está localizada em encostas viradas para sul, de modo a proteger-se dos ventos de norte, e com a influência benéfica das brisas marítimas a fazer-se sentir na qualidade das uvas. As uvas manualmente selecionadas dão origens a vinhos frutados com estrutura e bons aromas, dos quais são de destacar: Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Moscatel Galego e Síria, Syrah e Antão Vaz. Marque uma visita guiada à adega, onde poderá, de seguida, realizar a prova de vinhos, tendo como paisagem de fundo o oceano atlântico.
Cabrita Wines – Quinta da Vinha
O proprietário da Quinta da Vinha e os enólogos com que trabalha têm uma completa dedicação pelas castas exclusivamente portuguesas plantadas na quinta, algo que depois se reflecte na altura de provar os famosos vinhos Cabrita. Embora a primeira colheita date de 2007, ano em que foram produzidas 11.300 e 3.000 garrafas de Cabrita tinto e rosé, respectivamente, o vinho corre há muito nas veias da família Cabrita, com as primeiras produções caseiras a remontarem a 1977.